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Propõe-se com o “V Encontro de Artes Cênicas e Acessibilidade Cultural: práticas e desaprendizagens”, a realização de um evento voltado para interação entre discentes, docentes, pesquisadores, produtores culturais e artistas com e sem deficiência, agentes do Ministério Público e da Secretaria Estadual de Educação (gestores e profissionais da Educação Especial/Inclusiva) e demais interessados na temática da Acessibilidade Cultural.

A proposta é compartilhar e estimular experiências que envolvam pesquisas de docentes, artistas e pesquisadores com e sem deficiência, que buscam em suas práticas pedagógicas fomentar e ampliar as discussões sobre as áreas das “Artes Cênicas” e da “Acessibilidade Cultural”.

Neste ano de 2024, nossas inquietações se viram e se compreenderam na mesma frequência do ano anterior, por isso, a proposta de trazer a palavra “prática” ao título, na expectativa de colaborar com a ampliação das pesquisas e com as questões que atravessam os estudos atuais sobre as “Artes Cênicas” e “Acessibilidade Cultural”.

A articulação entre Artes Cênicas, Educação Inclusiva e Acessibilidade Cultural é algo ainda muito recente nos estudos universitários, pois, os estudos e as experiências práticas, envolvendo as pessoas com deficiência, nas diversas dimensões que envolvem essa tríade, no ensino, na pesquisa e na extensão, são proposições que precisam ampliar suas atenções, estudos e vivências a esses referidos temas. Os poucos estudos que se delineiam neste campo de investigação, propiciam provocações cênicas de artistas e pesquisadores com deficiência, nos colocando diante do que poderíamos chamar de “antilições", proposições pedagógicas e artísticas que nos convidam à (re)invenção das formas como concebemos as práticas educacionais correntes no campo do ensino, da pesquisa e da extensão, levando em conta a perspectiva da Acessibilidade Cultural.​

Dessa maneira, considerar o ponto de vista ou a perspectiva assumida pela pessoa com deficiência, nas dimensões da prática e da recepção teatral, pode nos ajudar nas abordagens e nos princípios que estimulam a nossa prática pedagógica, possibilitando uma desaprendizagem de nossas certezas teórico-metodológicas e dos nossos quadros de valores pautados na normalidade e na exclusão do outro que é diferente de nós.

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